Médico otorrinolaringologista com atuação em otoneurologia. Investiga, diagnostica e trata doenças relacionadas ao equilíbrio corporal e perda auditiva, como tonturas e zumbidos.
O diagnóstico precoce aumenta a efetividade do tratamento e melhora a qualidade de vida dos pacientes.
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A otoneurologia é uma especialidade que investiga, diagnostica e trata distúrbios do equilíbrio corporal e situações associadas, como doenças do labirinto, do sistema vestibular e auditivo.
As causas da tontura de do zumbido podem ter relação com doenças metabólicas, cerebrais e do sistema auditivo, entre outras. Por se tratar de um diagnóstico complexo, é importante que o método investigativo seja preciso, garantindo assim um tratamento efetivo.
Busque por um especialista em caso de tontura, desequilíbrio, quedas, zumbido no ouvido, sensação de ouvido entupido e perda auditiva.
Tontura não é doença, mas um sintoma. Pode aparecer em alguma doença ou mesmo ser provocado por uma medicação. É a segunda causa de busca por atendimento médico, perdendo apenas para a dor de cabeça. Uma parcela significativa dos pacientes sofrem por meses ou até anos em busca do diagnóstico preciso da origem da tontura e do zumbido. Este cenário é preocupante, pois a tontura pode ser o primeiro sintoma de uma doença mais grave.
Pelo menos 40 doenças podem desencadear tontura e zumbido, e estão associadas aos sistemas auditivo, vestibular, neurológico, musculo-esquelético, metabólico e psicológico. Entre elas, podem ser citadas VPPB, Enxaqueca, Ménière, Diabetes, Labirintite, Alzheimer, tumores cerebrais, Demência Senil, Acidente vascular cerebral (AVC), Parkinson e arritmia.
Os principais sintomas associados às doenças do labirinto (ou labirintopatias) são: tontura, sensação de ambiente rodando, sensação de flutuação, náusea, turvação visual, zumbido, sensação de ouvido tampado.
O diagnóstico precoce aumenta a efetividade do tratamento e aumenta a qualidade de vida dos pacientes.
De forma severa e frequente, a tontura pode incapacitar o paciente, ser causa de quedas e acidentes, impactando diretamente na sua qualidade de vida.
É importante esclarecer que nem toda tontura é labirintite. A neuronite vestibular é uma desordem inflamatória no sistema do labirinto — um sensível sistema na parte mais interna do ouvido, responsável por controlar a audição e equilíbrio. Pouco comum, é causada por inflamações que afetam o labirinto, comprometendo o equilíbrio e a audição do paciente. Popularmente usa-se o termo labirintite para tonturas, o que costuma estar errado.
A duração das crises de labirintite podem durar minutos ou até horas, com grande variação da intensidade dos sintomas. Pode tornar-se incapacitante, em função de crises frequentes, provocando situações graves como acidentes e quedas.
A tontura pode indicar vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), conhecida como “tontura dos cristais”. É um distúrbio na parte interna do aparelho auditivo, desencadeada por determinadas mudanças na posição da cabeça e é relativamente comum. Causa crises agudas, súbitas, inesperadas e de curta duração, causadas pelo deslocamento dos cristais no labirinto. Popularmente é bastante confundida com a labirintite. A VPPB é mais frequente em pessoas acima de 60 anos.
Uma das causas mais comuns de tontura, a Migrânea Vestibular é um tipo de enxaqueca. Afeta em grande parte mulheres a partir dos 40 anos. Na prática, as crises de cefaléia começam a reduzir e passam a ser crises de tontura. A Migrânea Vestibular é uma doença neurológica que além de tonturas, causa náuseas, sensação de peso na cabeça, sensibilidade à luz e mesmo a cefaléia. O paciente costuma dizer que é difícil de explicar o tipo de tontura que está sentindo. A intolerância ao movimento é algo bastante comum; chamamos de cinetose. É aquela dificuldade de ler ou olhar para fora durante uma viagem.
A TPPP é classificada como um distúrbio vestibular funcional crônico e é definida como uma tontura que dura mais de três meses, sem explicação clínica para sua persistência. Essa é uma condição que foi nomeada recentemente, no início de 2014, e é mais comum em mulheres do que em homens. Até pouco tempo era chamada Tontura Fóbica. Tem uma relação importante com ansiedade e outros distúrbios psicológicos. Normalmente é desencadeada numa crise aguda de tontura e acaba persistindo. É a principal causa de tontura de longa duração.
Pacientes que sofrem com a Doença de Ménière apresentam de forma recorrente uma sensação de movimento ou giro, perda de audição flutuante e barulho no ouvido (acúfeno, zumbido), bem como náusea e vômito.
Causada por um aumento do líquido no ouvido interno, os sintomas da Doença de Ménière duram minutos ou poucas horas e podem aparecer em crises recorrentes. Conforme a condição avança, o paciente pode sofrer de perda auditiva significativa e sentir-se constantemente desequilibrado, afetando sua qualidade de vida.
De modo geral, a Doença de Ménière atinge mulheres entre 20 e 50 anos.
O zumbido no ouvido é uma ilusão auditiva, ou seja, uma percepção auditiva notada apenas pelo paciente, de forma constante e muitas vezes ininterrupta. Chiados, som de grilo, de panela de pressão ou mesmo sons do funcionamento do próprio corpo são alguns dos relatos. Causa grande desconforto e interfere diretamente na qualidade de vida. Causa dificuldade de concentração, compromete o sono, a vida social e produtiva, além do desgaste emocional. O zumbido no ouvido é considerado um dos piores sintomas para o paciente, ficando atrás somente de dores intensas e tonturas incapacitantes.
Assim como a tontura, o zumbido não é uma doença, e sim um sintoma comum a várias doenças Normalmente originado de falha no sistema auditivo, mas não raro é desencadeado pelo sistema musculo-esquelético do pescoço e do aparelho mastigatório. O diagnóstico da sua origem é complexo e uma parcela alarmante dos pacientes convive com o zumbido durante um tempo considerável até a identificação precisa da causa e seu tratamento efetivo. Além disso, é um dos principais sinais de perda auditiva, especialmente na terceira idade.
A investigação precoce aumenta a efetividade do tratamento, diminuindo o zumbido ou até mesmo eliminando-o.
O diagnóstico preciso para identificar a origem das tonturas e zumbidos depende de um método investigativo. Tais queixas são comuns a distúrbios graves e muito distintos, que podem ter origem via auditiva, no cérebro ou em distúrbios do metabolismo. É um amplo espectro de condições clínicas diversas como perda auditiva, enxaqueca, neuronite, labirintite, mèniére, diabetes, VPPB, TPPP, neoplasias, otoesclerose, otites (infecções), doenças neurodegenerativas, demência, AVCs, cardiopatias entre outras.
De modo geral, é um processo complexo e desafiador. Exige tanto uma investigação clínica, quanto exames otoneurológicos para determinar a causa do sintoma, elucidar o diagnóstico preciso e definir o tratamento adequado.
A avaliação da origem da tontura e do zumbido é individualizada e multifatorial, sendo necessária a avaliação médica pelo médico otorrinolaringologista com atuação em otoneurologia.
A Ötri é a única clínica em Santa Catarina a realizar a videonistagmografia, uma solução mais precisa e moderna ao exame tradicional da vectoeletronistagmografia.
A videonistagmografia avalia o nistagmo (movimento involuntário dos olhos), com exatidão. Ao avaliar cada tipo de comportamento ocular de forma separada, permite como que apontar o dedo no local exato da falha. Vai apontar para o labirinto afetado ou para a parte do cérebro comprometida. Por ser um teste funcional, acaba percebendo falhas que nem uma Ressonância Magnética é capaz de detectar.
É um exame de ponta, considerado o mais preciso para identificar a causa de tonturas. Tem sensibilidade para perceber nistagmos muito pequenos, impossíveis de perceber no exame físico desassistido ou com equipamentos convencionais.
É rápido, confortável e indolor. Não é invasivo. Não pede nenhum tipo de preparo ou jejum. Não exige a presença de um acompanhante. A ressalva fica na maquiagem nos olhos e no comprometimento do globo ocular, pois geram dificuldade na captação dos dados.
O VHIT é um dos exames mais modernos na medicina, que avalia a condição de cada um dos seis canais dos labirintos. Uma alternativa que causa menos desconforto ao paciente do que os exames realizados com frio e calor (prova calórica).
Sabe aquela cena clássica do martelinho no joelho? Aqui pesquisamos um reflexo da mesma forma. Mas dando um impulso rápido e curto na cabeça. A resposta é um movimento semelhante e quase instantâneo nos olhos. Esse reflexo foi descrito na década de 80. O último exame físico descrito na medicina. E olha que estamos falando de manobras com história de séculos ou mesmo milênios.
Através de um óculos com um acelerômetro e uma câmera de infravermelho super rápida, capta os movimentos oculares com precisão e permite detectar anomalias nas respostas do labirinto. Ao final do exame, o médico consegue identificar exatamente quais canais estão alterados e determinar se o problema está em um labirinto, em um nervo do labirinto ou mesmo no sistema nervoso central.
O VHIT é um exame inovador, introduzido no Brasil há menos de uma década e está disponível aos pacientes da Ötri para elucidar o diagnóstico da origem de tonturas, principalmente as agudas.
Uma vez identificada a causa da tontura e do zumbido, o Dr. Nelson vai prescrever o tratamento mais adequado para a sua condição. Enquanto algumas condições clínicas podem não ter uma recuperação completa, é possível restabelecer a qualidade de vida do paciente, de forma notável. Todo o tratamento é personalizado, considerando o estilo de vida do paciente, bem como a origem da sua queixa.
Pacientes que sofrem com vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), uma das formas mais comuns de tontura, podem se beneficiar de manobras de liberação ( Manobra de Epley, de Semont, de Barbeue). Também conhecida por procedimento de reposição canalicular, a técnica pode ser aplicada somente por um médico otorrinolaringologista habilitado. Apesar de parecer simples, o médico precisa avaliar, através do movimento ocular, o progresso do procedimento e definir o próximo movimento.
A Manobra de Epley é considerada um tratamento de primeira linha, indolor e rápido para tratar a vertigem posicional paroxística benigna.
Atenção: A tentativa de realizar manobras de reposicionamento por um profissional não qualificado ou até mesmo em casa pode agravar o quadro de VPPB.
O paciente que sofre de labirintite terá um melhor resultado quanto mais rápido tiver seu diagnóstico concluído. Tratamento medicamentoso com anti-inflamatórios hormonais é muito comum. A fisioterapia labiríntica ou reabilitação acelera a recuperação plena do equilíbrio.
As crises de migrânea estão relacionadas a uma série de gatilhos, relacionados ao estilo de vida do paciente. Portanto, além destes ajustes, pode ser necessário tratamento medicamentoso para reabilitação do paciente.
Essa tontura tem uma origem psíquica. A informação da posição do corpo e do ambiente passa por partes erradas do cérebro. E isso acontece tipicamente em situações de stress emocional, depressão, pânico, ansiedade. Sendo assim, apesar de medicações serem úteis, a psicoterapia e a mudança das rotinas da vida são fundamentais para a recuperação do equilíbrio.
O tratamento para a Doença de Ménière envolve adequações no estilo de vida do paciente, bem como medicamentoso e acompanhamento auxiliado pela audiometria.
As causas do zumbido podem ter origem no aparelho auditivo, mas também muscular e articular, portanto o tratamento será orientado individualmente conforme o quadro do paciente. Os tratamentos para a queixa de zumbido no ouvido buscam suprimir, ou em casos mais severos, atenuar a sua manifestação. De forma geral, o tratamento é medicamentoso como ansiolíticos, vasodilatadores periféricos e anticonvulsivantes, além de reabilitação auditiva.
A Ötri realiza consultas, exames e tratamentos em Otorrinolaringologia e em Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Atendemos diversos planos de saúde e também realizamos atendimentos particulares.
Confira a seguir, os convênios atendidos na Ötri:
Sim, você tem direito à consulta de retorno em até 30 dias.
A Ötri realiza consultas, exames e tratamentos em Otorrinolaringologia e em Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Atendemos os planos de saúde Unimed, SC Saúde e também realizamos atendimentos particulares.
Zumbido tem controle. Tem atenuação. E sim, existe como curar o zumbido. O objetivo é que ele deixe de gerar incômodos. E nunca acredite que tem que acostumar com ele porque não tem o que fazer.
Caso o zumbido seja um sintoma de perda auditiva, terapias sonoras que incluem eventualmente o uso de aparelho auditivo pode resolver o problema. Em outras situações, após identificar a causa, alguns medicamentos podem funcionar, como ansiolíticos, antidepressivos e anticonvulsivantes (contudo são a minoria dos casos). É muito frequente o encaminhamento para dentistas e fisioterapeutas para o tratamento de zumbido relacionado ao aparelho mastigatório e à musculatura cervical. Ainda podemos citar o trabalho da psicologia para a reprogramação mental dessa percepção de zumbido. Uma técnica muito interessante é a EMDR (Eye Movement Dessensitization and Reprocessing).
Sim. O tratamento já é realizado na consulta. Não precisa nenhuma medicação. O que se faz é uma manobra da cabeça e corpo que permite deslocar os cristais que entraram erroneamente no canal do labirinto. São conhecidas por manobras de liberação.
Os exames otoneurológicos podem, em alguns casos, gerar desconforto, náuseas, vômitos e tontura, portanto é recomendada a presença de um acompanhante. Contudo, na consulta é possível ter uma previsão se isso poderá acontecer ou não. Na imensa maioria das vezes, os exames são bem confortáveis e indolores.
Não é indicado fazer a manobra de Epley em casa. Sem a orientação de um médico especializado, o paciente corre o risco de piorar ainda mais os sintomas. Durante essa manobra, os cristais dentro do labirinto de movem, e fazê-la sem um especialista pode movê-los para o lugar errado.
Muitas vezes, ela pode ser curada. Para isso, é importante ter o diagnóstico certo, controlar eventuais fatores de risco e remediá-la adequadamente. Há, inclusive, a possibilidade de recorrer à reabilitação do labirinto, com exercícios direcionados que muitas vezes podem dispensar o uso de medicação.
Apesar de ter tratamento e poder ser curada, sequelas podem ficar. Diagnóstico precoce e tratamento correto minimizam as chances disso ocorrer.
A VPPB é uma doença de característica mais mecânica do labirinto, é recorrente e pode ser corrigida com manobras. É muito comum sendo a mais comum entre as que causam tontura. A labirintite ou neuronite não está nem entre as 10 doenças mais corriqueiras entre as que causam tontura. Além de rara é muito intensa e dura dias (tipicamente entre 1 e 3 semanas). Costuma acontecer somente uma vez na vida, não é recorrente.
Sim. A tontura é um sintoma comum para diversas doenças. Portanto, ao sentir tontura persistente, procure um médico.
A maioria das tonturas não é labirintite. Esse é um dos dos principais sintomas da labirintite, mas não é o único. A labirintite é um quadro inflamatório que afeta o labirinto ou o seu nervo. Contudo a tontura pode acontecer por diversos outros fatores, como doenças metabólicas, inflamatórias, infecciosas, neurológicas, traumáticas, psíquicas entre outras.
A crise de labirintite pode durar alguns dias, tipicamente entre uma e três semanas. Lembrando que aqui estamos falando da labirintite verdadeira. Outras causas de tontura se comportam diferente.
Os exames são diversos e serão solicitados conforme as hipóteses diagnósticas forem sendo levantadas. Existem exames relacionados com o funcionamento do labirinto (canais semicirculares), do ouvido (audição), metabólicos (sangue), cerebrais (imagem), vasculares (ultrassom). Contudo existem pacientes que poderão ser investigados e tratados sem a necessidade de exames complementares.
Para diagnosticar as causas do zumbido no ouvido o paciente necessita de uma boa história clínica coletada na consulta médica. Como o zumbido é um sintoma auditivo, exames de audição são os mais importantes e corriqueiros. Mas podemos precisar de exames metabólicos, exames de imagem, avaliação fisioterapêutica e odontológica.
Otorrinolaringologia com atuação em neurotologia
CRM/SC 13902 RQE 1086
Dr. Nelson é graduado em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina. Especializou-se em otorrinolaringologista, dedicando ao diagnóstico e tratamentos de problemas de Equilíbrio. Seus atendimentos são na Clínica Otri, no centro de Blumenau.
OTRI © 2022 – Todos os direitos reservados.
Centro de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço de Blumenau Ltda.
CNPJ: 04.380.138/0002-03
Diretor Técnico: Dr Eduardo Martignago | Otorrinolaringologista e Cirurgia de Cabeça e Pescoço.
CRM/SC 8751 RQE 3248
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