TratamentosCirurgia de Cabeça e Pescoço

A Cirurgia de Cabeça e Pescoço é uma especialidade oncológica que trata de tumores na região da face, couro cabeludo e pescoço. No geral, recomenda-se procurar um Médico Especialista em Cabeça e Pescoço nos casos de feridas persistentes na língua, boca ou garganta; alterações na voz ou na deglutição com mais de 3 semanas de duração; e aparecimento de nódulos na região.

Veja abaixo abaixo alguns dos principais tratamentos realizados pelos especialistas em Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Ötri:

Cirurgia de Paratireoides (Paratireoidectomia)

As Paratireoides são glândulas localizadas na região posterior da Tireoide, na altura do pescoço, e que participam da regulação do cálcio e do fósforo no organismo. A cirurgia de remoção das Paratireoides (Paratireoidectomia) pode ser indicada em casos de Hiperparatireoidismo, em pacientes com Insuficiência Renal Crônica (IRC), Hipercalcemia e/ou Hiperfosfatemia e em pessoas com doença óssea avançada. A Paratireoidectomia pode ser realizada de 3 formas: Paratireoidectomia Subtotal; Paratireoidectomia Total; Paratireoidectomia Total com Autoimplante de Tecido Paratireoidiano. Embora a escolha de um tipo ou outro dependa da indicação médica, atualmente tem-se optado pela Paratireoidectomia Subtotal ou Total com Autoimplante, em razão da alta taxa de Hipoparatireoidismo resultante da Paratireoidectomia Total

Cirurgia de Parótidas (Parotidectomia)

As Parótidas são duas glândulas salivares localizadas na face, próximas à região das orelhas. Elas são as maiores das glândulas salivares, responsáveis por cerca de 25% do volume total de saliva. A Parotidectomia é a remoção cirúrgica total ou parcial da Parótida, geralmente realizada para tratamento de tumores benignos ou malignos. Na Parotidectomia Tradicional, muito utilizada em casos de tumores maiores do que 3 centímetros, os médicos localizam manualmente a exata posição do nervo facial. Hoje, porém, já existe a técnica minimamente invasiva para a Parotidectomia. Ambos os procedimentos são realizados com anestesia geral, em ambiente hospitalar, e exigem um tempo de repouso a ser determinado pelo médico no pós-operatório.

Cirurgia de Tireoide (Tireoidectomia)

A Tireoide é uma glândula localizada na região anterior pescoço, logo abaixo do pomo de adão. Ela é responsável pela liberação dos hormônios T3 e T4, que regulam as funções de órgãos importantes como o coração, o cérebro, o fígado e os rins. Por sua vez, a cirurgia de Tireoide (Tireoidectomia) é o procedimento cirúrgico realizado para a remoção total ou parcial da glândula Tireoide. Pode ser indicada para a remoção de nódulos benignos (bócio volumoso), para tratamento de casos de Hipertireoidismo não solucionado com outras condutas e é a opção de escolha em casos de câncer. A cirurgia de Tireoide convencional é realizada através de uma pequena incisão no pescoço, por onde o médico pode observar e retirar a glândula. Em alguns casos, os cirurgiões também fazem a retirada de linfonodos com suspeita de metástases. O procedimento é realizado com anestesia geral e costuma durar cerca de uma hora e meia. Atualmente, a cirurgia de Tireoide conta também com técnicas minimamente invasivas, que não deixam cicatrizes. Elas são indicadas caso a caso, de acordo com a avaliação do cirurgião.

Remoção de Cisto Tireoglosso e Cistos Branquiais

Cisto branquial é uma anomalia congênita (que já se apresenta ao nascimento do bebê). Este tumor benigno localiza-se na região lateral do pescoço e é fruto de uma falha na reabsorção dos restos do aparelho branquial na fase embrionária (desenvolvimento intra-uterino). Apesar de já estar presente ao nascimento pode se manifestar vários anos mais tarde. Se caracteriza por um tumor/cisto (bolsa de líquido) na região lateral do pescoço e costuma ser imóvel. Contém no seu interior líquidos viscosos e pode vir a infeccionar. Em geral, dor, calor e desconforto estético devido ao aumento de volume do cisto são comuns. O tratamento para o Cisto Branquial é exclusivamente cirúrgico e visa a retirada do tumor. O profissional indicado para realizar este procedimento é o Cirurgião de Cabeça e Pescoço, especialista na anatomia e fisiologia da região. A cirurgia para remoção deste tipo de cisto é realizada sob anestesia geral e costuma durar até uma hora. O pós-operatório é relativamente simples, com internação de apenas um dia. Em uma semana, normalmente curativo e pontos são removido e o paciente pode voltar para sua rotina. A maior restrição fica por conta da prática de exercícios físicos intensos. Eles devem ser evitados por, pelo menos, 2 semanas.

Remoção de Glândulas Salivares

Trata-se de um procedimento cirúrgico utilizado para tratar nódulos benignos, câncer ou doenças inflamatórias das glândulas salivares. A cirurgia de remoção de glândulas salivares normalmente consiste na retirada da área afetada pelo tumor, associada à remoção dos linfonodos do pescoço. No caso de doença nas glândulas submandibular ou sublingual, toda a glândula deverá ser retirada e, talvez, uma parte do tecido ou do osso adjacente. Dependendo do tamanho e da localização do tumor, alguns dos nervos que passam próximos à região também deverão ser removidos. Dependendo da extensão do tratamento, a cirurgia de remoção de glândulas salivares poderá ser conciliada com técnicas de reconstrução facial.

Remoção de Tumores da Cavidade Nasal e Seios Paranasais

Por se tratar de uma região que possui muitos nervos e vasos sanguíneos importantes, a cirurgia pode ser complexa, porém essencial para o tratamento de tumores da cavidade nasal e seios paranasais. Caso a doença tenha se espalhado para os gânglios linfáticos do pescoço, o cirurgião deverá remover também os linfonodos. Tratamentos como a radioterapia e a quimioterapia podem ser necessários para um melhor resultado. Além de tratar a doença, na cirurgia para a remoção de tumores da cavidade nasal e seios paranasais, o cirurgião de cabeça e pescoço também busca manter as funções de fala, respiração, mastigação e deglutição tão normais quanto possível. É importante conversar com o médico antes da cirurgia sobre as possíveis alterações na aparência e as opções disponíveis para reconstrução.

Retirada de Tumores de Pele (pescoço, face e couro cabeludo)

Enquanto o câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil, correspondendo a 30% dos casos de tumores malignos, o câncer de pele melanoma é o mais grave, devido à sua alta capacidade de provocar metástase (disseminação do câncer para outros órgãos). Por conta das características dessas doenças, e pela complexidade da região da cabeça e do pescoço, a remoção do câncer de pele (melanoma e não melanoma) é o tratamento mais indicado. A reconstrução do local operado pode ser realizada com retalhos e enxertos de pele, com bons resultados estéticos. Dependendo do caso, o tratamento cirúrgico para retirada de tumores de pele na região da face, couro cabeludo e pescoço pode ser complementado com sessões de quimioterapia e radioterapia.

Tratamento Cirúrgico dos Tumores de Laringe (Laringectomia)

O câncer de laringe representa cerca de 25% dos tumores malignos na região da cabeça e pescoço. Aproximadamente 2/3 desses tumores surgem na corda vocal, localizada na glote, e 1/3 acomete a laringe supraglótica (acima das cordas vocais). Quanto mais precocemente for feito o diagnóstico e o tratamento, maiores as chances de cura e de evitar deformidades físicas e funcionais, já que a terapêutica dos cânceres da laringe pode afetar a respiração, a fala e a deglutição. Para tumores iniciais e localizados, a cirurgia pode ser realizada pela boca, sem cicatrizes no pescoço, através da microcirurgia de laringe (transoral microsurgery). A abordagem minimiza as alterações na fala e na deglutição. Nestes casos, o uso de diferentes tipos de laser pode otimizar os resultados. Para tumores mais avançados, as cirurgias externas podem ser necessárias. Entre elas, a Laringectomia Parcial (onde há a preservação da função da laringe) e a Laringectomia Total (retirada da laringe). Esta última, implica na perda da voz fisiológica e em traqueostomia definitiva, que é a abertura de um orifício artificial na traqueia. Parar de fumar é a medida de prevenção mais importante para evitar o câncer de Laringe.