TratamentosNariz

A anatomia do nariz é bastante complexa, principalmente por sua íntima relação com os olhos e o cérebro. Por conta disso, as doenças que afetam essa região do organismo podem interferir consideravelmente na qualidade de vida das pessoas. Veja abaixo abaixo alguns dos principais tratamentos para os problemas que acometem o nariz, realizados pelos Otorrinolaringologistas da Ötri:

Acesso Endoscópico à Base do Crânio

A abordagem de tumores na base do crânio é conduzida por profissionais da Otorrinolaringologia em conjunto com a Neurocirurgia. A abordagem é realizada com um endoscópio, um tubo fino com uma câmera na ponta, que utiliza a cavidade nasal para chegar até a base do crânio. O método permite a visualização das estruturas internas e a remoção da massa tumoral. As principais indicações do acesso endoscópico são tumores da base do crânio, como os tumores da hipófise, craniofaringiomas, metástases, tumores ósseos, displasia fibrosa, cordomas, condrossarcomas, além de processos inflamatórios relacionados à base do crânio. O método, considerado pouco invasivo, tem resultados semelhantes às abordagens tradicionais (cirurgia aberta), mas com menor tempo de recuperação pós-operatória e ausência de cicatriz externa.

Cirurgia de Conchas Nasais (Carne Esponjosa)

A cirurgia tem como objetivo aliviar a obstrução nasal causada pelas conchas nasais. Conchas ou cornetos nasais são protuberâncias ósseas localizadas no interior da cavidade nasal, que tem como função aquecer, umidificar e filtrar o ar respirado. São também uma das principais causas de obstrução nasal em adolescentes e adultos. Esse procedimento é geralmente realizado em conjunto com a septoplastia A cirurgia é realizada por via endoscópica e consiste e na remoção do excesso dos cornetos. Após o procedimento, é indicado repouso por cerca de 48 horas e, durante esse período, é normal a saída de uma pequena quantidade de sangue pelo nariz.

Cirurgia de Desvio de Septo (Obstrução Nasal)

A cirurgia de desvio de septo (Septoplastia) alinha o septo nasal e é indicada para os casos de dificuldade para respirar (nariz entupido), infecções nos seios paranasais (sinusites), alguns tipos de cefaleias (dores de cabeça) e, ainda, para complementar o tratamento do ronco e da apneia do sono. O procedimento é realizado através de um corte dentro do nariz, na mucosa que recobre o septo nasal. A cirurgia de desvio de septo é realizada com anestesia geral e a alta costuma acontecer no mesmo dia. Normalmente, após a alta hospitalar, é indicado repouso por uma a duas semanas.

Cirurgia Endoscópica Nasossinusal (Tratamento de Sinusite Crônica)

A cirurgia para tratamento de sinusite (Cirurgia Endoscópica Nasossinusal) é indicada para pacientes com sinusite crônica e que não apresentam melhoras com o tratamento medicamentoso. Com a cirurgia, é possível tratar casos mais complexos, nos quais os pacientes desenvolvem pólipos nasais (massas de tecido nasal doente que crescem no nariz e nos seios da face). Na cirurgia para tratamento da sinusite, o cirurgião utiliza um endoscópio, um tubo fino com uma câmera na ponta, que é inserido no nariz para alcançar a cavidade nasal ou sinusal. O método, de alta precisão, permite a retirada de secreção no tratamento de sinusites, assim como a remoção de pólipos, quando é o caso. A cirurgia Endoscópica Nasossinusal pode melhorar consideravelmente o funcionamento do nariz e dos seios paranasais, assim como a qualidade de vida geral dos pacientes.

Cirurgia Endoscópica para Tratamento de Tumores Nasossinusais

A cirurgia endoscópica para tratamento de Tumores Nasossinusais permite a retirada completa do tumor e de tecido normal adjacente, em casos indicados, sem a necessidade de corte na face. O procedimento é realizado com um endoscópio, um tubo fino com uma câmera na ponta, que é inserido no nariz para alcançar a cavidade nasal ou sinusal. Na cirurgia, o médico visualiza e remove a massa tumoral, assim como a menor quantidade possível de tecido normal adjacente, buscando preservar o organismo do paciente. A recuperação cirúrgica tende a ser mais rápida com a abordagem endoscópica do que na cirurgia tradicional. Vale lembrar que a cirurgia para retirada de Tumores Nasossinusais pode ser apenas uma parte de um tratamento, que pode envolver também outros recursos, como radioterapia e quimioterapia.

Tratamento Cirúrgico da Obstrução das Vias Lacrimais

A Dacriocistostomia Endonasal é o tratamento cirúrgico da obstrução das vias lacrimais. É realizado através de um endoscópio, um tubo fino com uma câmera na ponta, que é inserido no nariz. No procedimento, que pode ser realizado em crianças e adultos, uma nova via de escoamento da lágrima é criada. Na Dacriocistostomia Endonasal, não há cicatriz externa, diferente da técnica convencional. Diante da necessidade de correção de outras alterações nasais, o tratamento cirúrgico da obstrução das vias lacrimais pode ser combinado com a correção do desvio do septo e da hipertrofia de cornetos nasais.

Tratamento Cirúrgico do Sangramento Nasal (Epistaxe)

A Epistaxe (sangramento nasal) é uma das urgências mais frequentes em Otorrinolaringologia. Ela acontece devido ao rompimento dos vasos (veias ou artérias) que passam pela mucosa do nariz. Em muitos casos, a cauterização e o tamponamento nasal são recursos eficazes no tratamento do sangramento nasal. Porém, no caso de Epistaxes Severas, muitas vezes a cirurgia é a medida mais eficaz. As Epistaxes Severas se caracterizam por sangramento nasal persistente e muito intenso, de forma que representam risco ao paciente. Podem ser causadas por sinusites, traumas na face e tumores nasais. Uma crise hipertensiva também pode contribuir para sangramentos de maiores proporções. Nesses casos, o tratamento cirúrgico da Epistaxe (cirurgia para tratamento do sangramento nasal) é indicado.

Tratamento de Fístulas Oronasais

A fístula oronasal é a principal sequela pós-cirúrgica da palatoplastia - cirurgia de correção de fissura labiopalatina. Em muitos casos, a fístula é decorrência do fechamento cirúrgico inadequado do disco palatal. As fístulas costumam ser pequenas e tornam-se visíveis poucas semanas após o reparo primário. Caso seja pequena e sem significado funcional, o fechamento da fístula pode ser adiado. Porém, ela pode desencadear complicações, como alterações na fala ou regurgitação nasal. Nesses casos, é indicado um novo tratamento cirúrgico.