A Amigdalectomia é a cirurgia de retirada das amígdalas, estruturas que fazem parte do sistema imunológico e que podem vir a inflamar com frequência. Esse procedimento é bastante comum na infância. As principais indicações para a cirurgia de retirada das amígdalas envolvem as amigdalites de repetição - que fazem com que as amígdalas deixem de ser um órgão defensivo e passem a ser um ponto de fragilidade do organismo. A amigdalite caseosa, que provoca acúmulos de detritos brancos e mau cheirosos na garganta, também pode levar à cirurgia. A Amigdalectomia também pode ser indicada em casos de ronco e apneia do sono. A cirurgia de retirada das amígdalas é realizada com anestesia geral e em ambiente hospitalar. Ela também pode ser feita em conjunto com a remoção das adenoides. A técnica clássica por dissecção fria (sem equipamentos que emitem calor) é a mais efetuada em todo mundo - demonstrando riscos baixos de complicações. No entanto, novas ferramentas continuam a ser aprimoradas para a realização da Amigdalectomia, entre elas o laser e o coblation.

A Frenulectomia é uma cirurgia para a correção de freio labial e lingual. O procedimento remove as inserções anormais que podem prejudicar a movimentação dos lábios e da língua, comprometendo a fala, além de contribuírem para a retração gengival. Quando o freio lingual é curto, por exemplo, ele causa um problema conhecido como Língua Presa. Em recém-nascidos, as alterações no freio lingual podem dificultar a sucção, o que tende a prejudicar a amamentação. O diagnóstico e o tratamento precoce podem evitar problemas no desenvolvimento e no ganho de peso do bebê. A cirurgia para a correção de freio labial e lingual é realizada em nível ambulatorial (não necessita de internação hospitalar). A anestesia é local e o paciente recebe alta logo após o procedimento.

A cirurgia para tratamento de ronco e apneia do sono é indicada após a realização de tratamentos conservadores, como o CPAP (Continuous Positive Airway Pressure) - aparelho que fornece a pressão positiva responsável por não deixar a via aérea fechar. Além disso, mudanças no estilo de vida como perder peso e reduzir o consumo de bebida alcoólica. Caso o médico indique o tratamento cirúrgico, ele pode envolver tanto o remodelamento quanto a remoção de tecidos próximos à garganta, como as amígdalas e adenóides. Entre as cirurgias mais comuns estão a amigdalectomia, uvulopalatofaringoplastia e o avanço maxilo-mandibular. A partir da análise da obstrução nasal, pode ser indicado o tratamento simultâneo ou sequencial. Cirurgias múltiplas - nariz, palato mole e base da língua - podem ter maior eficácia do que cirurgias que contemplam apenas um sítio obstrutivo.

A Fonomicrocirurgia ou microcirurgia de laringe é um procedimento indicado para a correção de alterações nas pregas vocais, como cistos, pólipos, nódulos, edema de Reinke, entre outras. A microcirurgia de Laringe é realizada com anestesia geral, em ambiente hospitalar. Com o um microscópio, esse procedimento permite aos médicos examinarem, com alta ampliação, o tipo de lesão presente e corrigir o problema. O procedimento é realizado através da boca e não deixa cicatrizes visíveis. Geralmente, os pacientes podem ir para casa no mesmo dia da microcirurgia de laringe. O repouso vocal (não fala, sussurro ou outros tipos de produção de som) pode durar de uma a três semanas, dependendo da complexidade do procedimento.

A Reabilitação Fonatória é um procedimento moderno para a reabilitação da fala. Destina-se a pacientes submetidos à Laringectomia – retirada da laringe e cordas vocais, devido a tumor avançado na área. Nesse procedimento cirúrgico, a prótese fonatória é implantada entre a traqueia e o esôfago, para que o paciente possa falar utilizando a sua própria voz. A Reabilitação Fonatória tem se apresentado como um método de sucesso para a reabilitação da voz após a Laringectomia.

Rânulas são cistos na mucosa da boca. Elas surgem por extravasamento de muco após um trauma no local ou por obstrução dos ductos. O tratamento é cirúrgico e consiste na remoção da glândula e/ou marsupialização, que é a abertura da lesão.

Os tumores orais benignos, como o Papiloma e o Granuloma, não se disseminam para os tecidos em volta ou para outras partes do organismo e raramente colocam a vida do paciente em risco. No entanto, em alguns casos, é necessária a sua remoção cirúrgica. O Papiloma, por exemplo, apresenta-se como uma lesão de superfície irregular ou verrugosa. É assintomático, de tamanho pequeno, que não excede 1 cm de diâmetro. Pode ser encontrado em qualquer parte da mucosa bucal. O Granuloma, por sua vez, é um crescimento tecidual. É indolor e pode ser localizado na gengiva, nos lábios, na língua e na mucosa jugal. A cirurgia para a remoção de tumores orais benignos é indicada em casos de desconforto estético, funcional ou devido ao risco aumentado de desenvolvimento de câncer.

Ter a voz demasiadamente aguda ou grave pode trazer desconfortos e problemas sociais / profissionais. A Tireoplastia é o procedimento cirúrgico realizado na laringe, com o objetivo de melhorar a voz dos pacientes com distúrbios vocais. Existem quatro tipos de tireoplastias: 1) Tipo I: para medialização da prega vocal, promovendo melhor fechamento glótico; 2) Tipo II: para lateralização, reduzindo a resistência glótica; 3) Tipo III: para relaxar as pregas vocais, abaixando o pitch vocal; 4) Tipo IV: para tensionar ou estirar as pregas vocais, elevando o pitch vocal. Após a Tireoplastia, é recomendado ao paciente repouso vocal por, pelo menos, uma semana. O uso de antibióticos e antiinflamatórios também pode ser recomendado a critério médico.